quarta-feira, outubro 15, 2008

Fui

Gente...
a bom tempo somente eu fiquei escrevendo aqui...
e a bom tempo,
nem eu escrevi mais aqui.

Espero que o pessoal não esteja na esquina esperando eu sair para poder voltar (rs)
Mas, como não mando neste blogger, o que pude fazer é...
criar o meu (lógico).

http://minhasescribas.blogspot.com/é agora onde escreverei....
levei o que achei de bom daqui e prometo lançar coisas novas...
então, quem por um milagre vier procurar escritas minhas aqui...
saiba que vc não se livrou de mim...hehehehehe
tem aonde me encontrar...

beijos a todos do blogger...
foi bom enquanto durou...

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Rumo

O rumo das coisas
nunca são iguais
Os rumos seguidos
podem não voltar mais...
Meu rumo
é o mesmo que tomei
a tantos anos atrás
Você nem imagina
em quantas curvas tive de parar
para chorar

Desistir
nem pensar
A boca cala
para não dizer adeus
E se você acha isto demais
saiba que não é diferente
É menos do que o rumo
fincado na estrada
que nada irá apagar
nem a chuva
nem o tempo

Minha voz é tão forte
quanto minha vontade
enquanto uns brincam de viver
esta é a minha realidade
O rumo das coisas
nunca são iguais
Os rumos seguidos
podem não voltar jamais
Meu rumo
é o mesmo que tomei
a tantos anos atrás
É nele que devo continuar
Não vejo razão para trocar
vocês foram e eu fiquei
mas estou bem
pois meu coração esta aqui

Você finge que não vê
Sou sua sombra
mesmo você não querendo que seja
Já estive em seu lugar
você sente minha mão muito perto
Perto de poder te tocar
o medo pula de seu olhar
Você luta e tenta menosprezar
e fica sem entender
Que o rumo das coisas
nunca são iguais
Os rumos seguidos
não voltarão mais
Meu rumo
será sempre o mesmo que tomei
a tantos anos atrás
Marcante,
Forte,
Sonoro e
único.

domingo, novembro 11, 2007

Ainda Respiro

Desespero
Alguém soprou esta palavra
E ceifou a pele
Já castigada pela dor
Já condenada pelo Amor.

A música até acalenta
E ao mesmo tempo sufoca
Mas assim ninguém nota
a lágrima que desce
em prece
de um melhor vir,
ver
e crescer

Chegara o momento de sorrir
Deixando de fingir a alegria
Sorrindo na verdadeira harmonia
em que o som dita
Enquanto gritas de felicidade
Embalado em novo som
novo tom

Não pense
Que este é o fim
Vende teu rancor
Alimente tua risada
Sinta do perfume a cor
do teu bem o sabor
O valor do amigo
do companheiro
do que ama
Emana tua alegria
E assim
quem diria
estás a Amar

quinta-feira, agosto 23, 2007

Palavras

Eu queria poder escrever lindas palavras
Eu queria poder falar lindas palavras
Eu queria poder viver de lindas palavras

As vezes as perco
As vezes somente somem
As vezes me faltam
As vezes me consomem
Muitas me levantam
Outras só me agridem
Eu queria escrever lindas palavras
Eu queria poder viver de lindas palavras

Eu paro e penso
como tantas são duras e persuasivas
Eu paro e canso
é mais fácil escutar as agressivas
Eu queria falar lindas palavras
Eu queria poder viver de lindas palavras

O que aprendo não serve
Acabo vendendo-me ao sistema
Sorrio, pois penso as agruras que me ferve
tanto para falar e sem nada a dizer
Eu queria
queria falar lindas palavras
Não me deixam
tiram-me a força
a vontade
Eu queria
queria poder viver de lindas palavras
Não me querem
Pisam no meu ser
com rancor e maldade
E como falar de lindas palavras
E como viver de lindas palavras
Se elas me são negadas
Se elas me são levadas
Eu queria viver
de lindas
palavras

domingo, julho 29, 2007

Nada

Ao olhar nos rostos opostos que passam por mim
Não vejo nada.
Ao vivenciar as vidas perdidas de outros
Não vejo nada.
Ao procurar os dizeres e seus deveres febris
Não vejo nada.
Se nada vejo,
nada sinto,
nada como,
de nada desfruto.

Alguém se vai as minhas costas
outra nasce adiante
Nada importa.
Se é o quente do verão
ou se as folhas do outono caírem no inverno
Nada importa.
Se nada importa,
nada sinto,
nada como,
de nada desfruto.

Se tudo é um grande nada
pergunto-me onde errei
em que curva entrei
para sair em um nada
nada distante
nada perto
nada de nada
em lugar algum.

sexta-feira, julho 06, 2007

Desejo

Ele chega a um bar. Não sabe bem o que quer...
até ver uma mulher em seu vestido vermelho.
Cabelos negros que descem além de seu ombro, verdadeira moldura para uma pele alva, formadora de um belo rosto.
Com um decote ousado e tentador, ela sorri com uma marguerita em sua mão...
Ele se aproxima tranquilamente.
As amigas da dama de vermelho sentem sua presença e o olham como um nada.
A bela também não esboça reacção a seu favor.

Mas ele já viveu diversas coisas. Já passou por vexame, dureza, dores, alegrias....
não importaria mais nada...
Ele se aproxima e sem que se tenha reacções, beija a bela mulher.
Meio que respondendo e fugindo, o beijo dura mais que o esperado.
Ele se afasta. Fita bem em seus olhos, como esperasse alguma resposta daquela mulher.
O olhar que recebe é um olhar perdido, meio assustado, meio nervoso.
Com alguns passos atrás, ele apenas sorri e se perde no meio da multidão que dança.
A mulher e suas amigas ficam se olhando algum tempo sem soltar qualquer palavra.
A mulher com seu batom vermelho borrado em um canto de sua boca apenas leva uma das mãos a cabeça, como quem procura entender o que houve.
Nada, além de um desejo momentâneo sanado.
Nada, que poderá continuar no nada como seguir com tantas imagens e destinos quantos assim desejarem suas personagens.
Basta pensarem em só o movimento de refazer o desejo.

terça-feira, junho 12, 2007

Que Parada

Ela já se prepara desde o dia anterior.
Escova, unhas... procurou um vestido novo.
Nada poderia dar errado.
Tomou o banho mais demorado.
Usou seu perfume para ocasiões especiais...

Pensou que não deveria demorar-se,
ela tinha que estar pronta quando ele chegasse.
Foi uma paquera de longa data até que finalmente se falaram.
Nossa, ela não cabia em si, vendo o sorriso lindo de Lucas.
ela sonhara com este momento várias e várias noites... algumas vezes picantes até demais.

Mas valeu a pena todo seu esforço.
Chegara o grande dia. Um pouco estranho sair no domingo e não no sábado.... mas tudo bem, valeria a pena. Ela poderia ficar aos seus braços por toda noite, perdida em suas carícias e beijos. Tomar café e ir para o trabalho juntos.

Banho finalizado, correu para colocar sua lingerie... olhou para as duas que colocara sobre a cama. Uma preta e uma vermelha. Por cinco longos minutos ficou pensando qual deveria usar. A vermelha indicaria sua paixão, mas tinha medo de parecer vulgar, primeiro encontro, sabe como é... ficou com a preta. Simples e sensual.

Deixou cair o vestido por seu corpo, imaginando as mãos de Lucas. Ultimo toque no cabelo.
Pensou em sentar no sofá.
Faltam alguns minutinhos.
"Ficarei em pé, assim não amasso o vestido"...
"não posso parecer ansiosa"...
"vou sentar"
"Mas ele não esta me vendo. Ficarei em pé"
"Nossa, já esta na hora. Ele não chegou."

Ela olha fixamente para a porta. Um barulho de carro estacionando a faz correr para espiar pela janela. Apenas o vizinho da frente.

"Será que houve algo?"
"Deve ser o transito"
"O que são 5 minutos? Nada! Ele já deve chegar!"

Ao sentar, percebe como a sala esta grande... tudo parece maior do que devia.
O relógio teimoso não deixa de avançar seus ponteiros...
Passam 40 minutos do horário marcado...
"Transito, tem que ser o transito... hoje é um dia especial.... quer dizer, noite... vai rolar... transito, transito... por favor.... transito..."

A mão começa a torcer o cabelo... o pé inquieto bate fervorosamente contra o chão.
"Eu me preparei.... me arrumei.... eu não aguento... uma hora e quinze... isto não é transito... ele não liga"

Ela olha o telefone, pensa em ligar...
"Não... se ele estiver somente atrasado, vai me achar uma desesperada...
se ele disser que não vem por que esta fazendo algo melhor... eu ficarei desesperada...
por que ele não liga?"

Maquiagem borrada, cabelo desfeito... duas horas e 15 minutos do horário marcado.
A mesinha no centro da sala já não tem espaço para receber papel de bombom...
"Ele deve ter me achado oferecida ou então me achou gorda... eu era gordinha no ginasial... todo mundo falava... eu sou uma baleia!!!! Não adiantou academia, dietéticos e tudo mais...
Eu sou enoooooooorme de gorda... feia... torta....
Minha mãe não me deu a boneca da Barbie quando era pequena... meu pai não tinha tempo pois trabalhava muito... eu sou infeliz... infeliz e gooorda!!!!"

Despertador entra em ação. Algo levanta-se da cama, após uma noite sem dormir... apenas imaginando seu tamanho corporal e comendo coisas sem fim.
Chegar ao trabalho com tremendo custo... imaginando como agir perante a Lucas. Não podia estar com cara triste. Tinha que parecer bem...
"Qual desculpa ele dará? O que inventara.... se pensou em algo... afinal, quem dá desculpas a uma gorda?"
O dia no escritório foi interminável... e nada do Lucas. Talvez tenha ocorrido alguma coisa. "Pobre Lucas. Pensando tanto mal dele e pode ter sido algo sério... até grave... afinal, eu já não sou fofinha a tempos...estou vestindo 40 e em breve, entrarei no 38"
Ela queria perguntar aos amigos de trabalho sobre o Lucas, mas ficava com medo de que falassem pra ele... o que ele poderia pensar? "Desesperada. Não isto não. Tudo bem que não saio com ninguém a 2 meses... transar então nem se fala... Desesperada... não isto não"

Surge Marcelo... unha e carne de Lucas. "Ele sabe o que houve. Como perguntar?"
- Oi Marcelo, finalmente andando sem o Lucas do lado... vocês são unha e carne... o que houve?
"boa saída, menina"
- Ele ontem foi para São Paulo.
"Veja só, eu pensando mal do anjinho."
- problemas da empresa? - Ela pergunta
- Nada menina, ontem foi a Parada Gay... ele encontrou um bofe largou tudo e esta indo para Alemanha com ele...
"Gorda, gorda... gorrrrrrrrrdaaaaaaa!!!!"

segunda-feira, maio 28, 2007

O vazio
Uma gota
Que rola solta
Envolta em pesares
remota em prazeres
O vazio
Sem som
Sem silêncio
Abismo negro do silício
De cílios negros no visgo

Ao caminhar os pés pesam
pesam as pernas
pesam as perdas
pesam o que não se pesa
apenas perde
como uma sede
que não encontra a agua
apenas...
O vazio

terça-feira, abril 24, 2007

"...Vivendo e aprendendo a jogar...
vivendo e aprendendo a jogar...
nem sempre ganhando,
nem sempre perdendo mas,
aprendendo a jogar..."

terça-feira, abril 17, 2007

O Tempo

O tempo passou...
antes mesmo de acabar esta linha
se renovou mais uma vez...
eu fico na duvida do que realmente se fez...
renovar?
ou se perder?
pois o passado não se recupera...
mas o tempo não para...
renovar ou perder...
Eu não posso dar um passo atrás
pois o tempo se vai mais a frente...
vacilo em alcançar...
mambembe a quem o procura equilibrar...
diamante para os amantes desperdiçar...
Quanto já passou?
segundos
minutos
a que estou a escrever...
o passado não se recupera,
mas a escrita mantém o que se pensou
o que se quis dizer e se calou
Estarei aqui vendo o barco partir
o vento soprar
o dia sumir
olhando o infinito
pensando nos ponteiros do relógio que não querem descansar
pesando os fios brancos que insistem em nascer
gastando o tempo
que não tenho para gastar

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Presente de Natal

Em um morro carioca qualquer esta Filipi, menino pobre, morador de um barraco que mal lhe cabe. Ali vive com padrasto, mãe e 4 irmãos.
Noite de Natal.
A cidade maravilhosa esta brilhante, predios, sacadas, arvores, todos trazem as luzes de Natal. Todos estão em festa.
Poucos minutos para as 22 horas, Filipi não aguenta mais esperar o momento de seu Papai Noel passar. A muito tempo ele aguarda por este presente e não vê a hora de colocar as mãos nele.
Fez tudo que podia para poder recebe-lo. Ajudou a todos, correu de um lado para o outro do morro, levando recados, pacotes, ajudava os moradores mais velhos a carregarem suas compras. Foi tornando-se amigo da comunidade. Mano Lido ensinou muita coisa.
Seu barraco era sala, cozinha e quarto ao mesmo tempo. O banheiro era destacado. Tinha uma portinha que levava ao seu acesso. Um cano largo servia de vaso e os detritos caiam na valinha que passava por baixo do barraco. O cheiro não era agradavel, mas ia se vivendo e no momento, o que interessava era seu presente.
Com ele tudo mudaria, um mundo se abriria para Filipi. Por que não dizer que o "bom velhinho" o tornaria um rei? Era seu pensamento. Papai Noel existe sim... vem pelas mãos alheias, mas existe.
As 22 horas, batem a porta. Filipi da um pulo e abre o pedaço de placa que separa sua casa do beco estreito da favela. Lá esta mano Lido. De pé, olhando Filipe.
- E ai menor, tá ligado no presente?
- Mano Lido, não pensei em outra coisa desde ontem...
- Papai Noel chegou, menor. Deixou teu presente aqui, valeu?
Falando isto, Lido estica sua mão entregando uma caixa mal embrulhada para Filipi.
- A gente se vê depois, menor. Curte um pouco o presente.
Já não precisava falar até por que Filipi já estava entrando para sentar-se a um pedaço de pau e tecido que chamavam de sofá. Suas mãos tremulas rasgaram o papel de presente e ele abriu a caixa.
O mundo girou. Era a coisa mais linda que ele já vira. Pegou com todo o cuidado, alisou, admirou e pulou do sofá. Estava decidido, iria descer naquele momento para amostrar a todos o brinquedo. Sim ele era o rei. Voava pelos corredores da favela. Muitos meninos aplaudiram e queriam ver o brinquedo. Mas naquele momento ninguem o tocaria, somente ele.
Enquanto descia o morro, seus braços o elevavam o mais alto que podia... Filipi gritava de felicidade...
Passava um pouco mais das dez... ele chegou na calçada, sabia que havia alguem na rua. Não tardou e um casal que andava as pressas, pois estavam atrasados passou.
Filipi pulou na frente do casal e falou
- Perdeu. Cuidado que meu berro canta. Ele é novo e tá doido para trabalhar. Passa a bolsa, passa.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Pedido

Fala-me agora
Ou cale-se para sempre
Diga-me o que queres
O que espera de um amanhã
Se queres me mudar
Te digo que não vou
Se pensas que farei o mesmo
Errada estas
Para mim
Tudo esta bem

Conte-me teus segredos
Ou não
Apenas afague meus cabelos
Enquanto olhamos nova vida
Pelo tubo do televisor desligado
Não tenha pressa
Não tenha urgência
Estaremos aqui pelos próximos anos
Deixe vir o que tem de vir
Vamos brincar de vida
Vida curta
Vida além

Soa o sino da distante igreja
Tantos olhos atentos
Comentários por cada passada
Não é isto que serve ao ego
Não é visto que chegamos ao começo
Pode ser o meio
Um pouco antes
Um tanto depois
O que importa
É a minha mão na tua
Sorrisos
Alegrias
Tristezas
Ou doença
De baixo de sol
Amor sob olhar da lua

Fala-me agora
Ou cale-se para sempre
Diga-me o que queres
Não espera pelo amanhã
Pois poderá ser tarde
O passaro pode alçar vôo
A planta falecer sem água
O brilho se apagar sem graça

Não queiras mudar
O que é belo
O que eu quero
Pois se desejas trocar o que tens
É por que para ti
Não é o suficiente
Então
Não de o passo a seguir
Pois a estrada acaba
Onde tentamos alterar seu caminho
Apenas queira o que vês
Sinta o carinho do vento em teu rosto
Apenas siga junto a mim
Mas não tardes a falar
Não espere chegar agosto
O tempo
Grita pelo não
Hoje
Eu quero o sim

sábado, agosto 26, 2006

"...sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?"
[Caio Fernando Abreu]

domingo, agosto 13, 2006

Malditas Migalhas

Migalhas, migalhas, migalhas... MALDITAS migalhas que insistem em me oferecer.

Talvez eu devesse começar a juntar migalhas pra misturar com um ovo batido e fazer uma omelete. Ovo ou qualquer coisa que dê liga as malditas migalhas pra ver se assim elas mudam do "Hum, não, obrigada." pro "Ok, obrigada. ai, detesto migalha, mas aceito por educação.".

Não que aceitar migalhas por educação seja errado ou o contrário, sei lá, o fato é que já que tem tanta migalha vindo de tanto lugar diferente, melhor eu pensar num jeito de digeri-las.

Já estou até vendo eu guardando minhas migalhas em um daqueles potes de vidro, grandes, com tampa de madeira, que os decoradores usam pra decorar as cozinhas dos catálagos de móveis de cozinha. Humm, será que migalha estraga? Sim, porque omelete de migalha, mesmo que não seja todo dia, vai ser difícil encarar, mas dentro do meu lindo pote de vidro pode ser que elas passem a me agradar.

Ai, eu preciso descobrir um jeito e ficar com essas migalhas sem reclamar ou vão começar a desconfiar que elas realmente não me bastam.

quarta-feira, agosto 09, 2006

O amor suporta tudo. Se não suportou é porque não era amor.

Se um dia, qualquer dia, alguém ou alguma coisa, qualquer alguém ou qualquer coisa, me disser que esqueça uma coisa importante (essa coisa que eu ganhei, e que eu gosto tanto, e que me faz tão enlouquecedoramente bem), só porque não poderei mais tocar essa coisa por um bom e longo tempo (que é uma coisa que eu gosto e me dá prazer e que eu faço quase sempre porque quase sempre eu tenho vontade de fazer coisas que me dão prazer), eu vou sentir, eu vou chorar, eu certamente vou tremer de raiva, nervoso, tristeza e saudade, mas eu vou dizer a essa coisa que vá, e enquanto eu disser a ela que vá, que se dedique e cresça forte, bonita e rica de coisas que me encherão de orgulho, eu vou abraça-la bem forte pra que no momento que a solidão me rasgar por dentro, eu possa lembrar daquele último toque tão forte, tão intenso, tão inesquecível e renovar minha certeza de que vai valer a pena esperar.

Eu jamais (jamais!) abriria mão de algo importante na minha vida mesmo que a dor da minha saudade fosse diretamente proporcional ao crescimento desse algo. Aliás, principalmente por isso.