terça-feira, julho 26, 2005

Da Série Historinhas com finais diferentes.( I I )

Simbá o marujo

Grande navegador, Simbá era conhecido por suas mirabulantes estórias, aonde brigava com Deus e o mundo e sempre saia bem.
Estamos em um bar do cais, com homens barbados e maltrapilhos (praticamente), em roda junto a uma mesa aonde encontrava-se o grande aventureiro. Ele, com um grande copo de chop suado em mãos, ria e se comprazia com a curiosidade alheia. Todos queriam saber qual a novidade de aventuras da recém viagem.

Ele então, puxa uma bela pepita de seu bolso e fala, com toda a arrogância que a vida lhe deu:
- Vejam senhores, esta bela pedra... pequena, comparada a todas as outras que consegui...

Estoura um “ooooohh” em toda a “galera”, onde se viam os olhos brilhantes, pela beleza e riqueza que a pedra representava. Logo se ouve um “conta, conta... como foi”...

Simbá solta um sorriso de canto de rosto, cafajeste como só ele... e inicia sua tragetória no mar...

- Estávamos em nosso barco, O Encantado. O tempo era bom... mas os deuses quiseram nos pregar uma peça... em minutos o tempo fechou...as ondas ficaram enormes e o barco ficou incontrolável... – neste momento, escutasse a voz grossa, por trás da platéia.... um negão, com cara de mal, braços cruzados, que com ar meio desafiador, explanava:

- Estive em alto mar, neste período... não tivemos chuva ou tempestade!

Simbá o fita, alguns reclamam da interrupção do negão entre os dentes (o cara era meio indigesto, tipo armário modulado, ninguém queria uma reclamação mais forte, que pudesse terminar em cacete). Simba então remendou:

- Mas foi isto que nos deixou atônitos... víamos mais ao léu, o tempo claro e com sol. A tormenta perecia atacar só nosso barco... por isto acredito em uma tentativa dos deuses em me afastar do mar – novo “ooohh” é escutado no bar. Neste momento, todos estão voltados para a estória – principalmente por que esta tempestade, acordou um temível monstro marinho....

O plenário ali formado quase foi abaixo, falar de monstro marinho para marujos e quase como xingar a mãe.... todos ficaram atônitos... quase não piscavam... até que alguém pergunta:

- Você vai dizer que matou a fera?

- Não... era muito grande e impossível de se degladiar com tal fera. O ataque foi rápido e preciso! Nosso barco foi pulverizado no primeiro abraço...

- Mais um barco perdido Simbá– novamente o negão interrompe. Simbá já com uma cara de quem comeu e não gostou, tenta dar continuidade aos fatos ignorando o negão, afinal, ele nunca havia sido interrompido tantas vezes. Para tentar ganhar cartaz e prosseguir em paz (Ei, rimou...), Simbá se levanta de sua cadeira, colocando sobre esta um dos pés.

- Foi tudo muito rápido – alterando a voz para um ar sombrio e distante...- Eu praticamente acordei em uma ilha. Não vi ninguém de minha embarcação... perambulei por ela durante vários dias e várias noites... foi quando avistei um albatroz... tendo conhecimento que estas aves voam em direção a portos e litorais, pensei logo comigo... esta é minha carona para a civilização!! Terminando sua frase com uma entonação forte, novo “ooohh” se escuta.

- Quando cheguei perto, a vê tentou levantar vôo sem mim, mas fui rápido o bastante para segurar em suas pernas!( “ooohh”). Estarrecidos?? Mal sabem vocês que ela fez um vôo rasante sobre uma colina... e nesta colina estavam diversas pedras preciosas... eu não pensei duas vezes em pegar o saco que carrego em meu cinto para pegar tantas pedras...( “ooohh”)

Um desdentado que estava no meio da galera logo fala: - é deste lugar que vem pedra tão bonita? – terminando sua frase, meio que se lambendo, com fosse ingerir a pedra que Simbá tinha em mãos.

- Há, há, há... neste lugar tem muita... mas esta aqui, ainda veio de outro lugar!!! – “ooohh” – De onde? De onde? – todos perguntavam...

- Logo que cheguei em terra firme, procurei um barco novo e com algumas pedras o comprei. Coloquei mantimentos e nova tripulação. Queria voltar para casa e fazer dinheiro com as pedras que ainda tinha em minha sacola. E que não eram poucas... mas de novo o tempo virou... e nosso barco foi jogado para perto do litoral. Uma área que ainda não conhecia. Desembarcamos e fomos nos esconder em uma pequena cabana que ficava na praia.

- Que sorte ter uma cabana pronta em tormenta!! – Falou um gorducho de camisa listrada, uma verdadeira figura das estórias em quadrinho.

- Sorte nada! Quando estávamos bem aconchegados, escutamos um forte barulho e as paredes do casebre começaram a levantar!! - “ooohh”.... mas o que é isso?? – alguém grita do balcão.

- Havia um gigante!!! Um gigante de um olho só!!! Ele foi quem fez o casebre para pegar justamente pessoas que ali fossem se refugiar para virar comida!!

- Comida? O gigante comia gente? – perguntou um garoto, desses que lustra sapatos alheios. Passando a mão em sua cabeça, Simbá continuou:

- Não era só gigante que comia gente, era um gigante que comia gente e ainda tinha somente um olho!!! - “ooohh” – e o que aconteceu – retumba a voz do negão, com ar incrédulo nas palavras de Simbá.

- ele começou a devorar os homens, enquanto corríamos de um lado para o outro... até que vi uma grande estaca, peguei-a e fiquei esperando a fera se aproximar... quando ele se abaixou para tentar me comer, atirei a estaca em seu olho!! - “ooohh” – o gigante saiu correndo, mas pude perceber que ele trazia cordões de ouro. Então o segui.

- Você não teve medo? – Pergunta uma das “moças atendentes” do saloon...

- Eu estava meticuloso, com medo não. E tive sorte! Pois dos marinheiros que o gigante havia comido, ele havia roubado todo o ouro que traziam. Estava tudo perto da caverna que ele fazia de casa. Enquanto ele estava lá dentro, tentando tratar do olho, eu e alguns homens que me sobraram, conseguimos arrastar muitos tesouros para o nosso barco. Zarpamos mesmo com o tempo ruim e estamos aqui.

- Vocês não fizeram parada alguma antes de vir para cá? – Pergunta o negão, com certo ar curioso. – Não! Chegamos e vim diretamente para o bar, tomar uns tragos e procurar com quem fazer negócio!

- E você não tem medo de estar com este tesouro todo? – retruca o negão.

- Se você esta interessado em saber se pode me roubar, meu barco é sempre bem guardado e meus homens o protegem até a morte...

- Não, não vou precisar disto...

Neste momento, escutam-se freadas fortes do lado de fora do saloon, ao mesmo tempo que helicópteros são escutados de forma ensurdecedora. Todos correm para fora e podem ver, dos helicópteros, homens de preto com as iniciais “FBI” nas costas.

Simbá olha para um lado e para outro, mas antes dele se mover escuta uma voz familiar:

- Agente secreto Johnson dando voz de prisão!!! - Ao olhar para trás, Simbá vê o negão vindo sobre ele com algemas nas mãos. – você esta preso, acusado de roubo!!

“ooohh”

Todos olhavam com uma certa tristeza, quando todo o alvoroço acabou. Simbá era acusado de roubos em bancos, casas, etc., além de homicídio de cúmplices. Suas estórias chamaram a atenção das autoridades e logo tudo foi descoberto.

De Simbá não se ouviu mais, talvez tenha apodrecido na cadeia, por não querer pagar propina... o que ficou? Estórias mirabolantes para criança nenhuma botar defeito...

quinta-feira, julho 07, 2005

Da Série Historinhas com finais diferentes...( I )

A Princesa e o Sapo

Havia um belo reino, com um belo castelo e uma bela princesa.
Loira, olhos azuis, corpo esguio, com seios firmes e pernas extremamente bem feitas, com 17 aninhos de formosura.
A princesa gostava de brincar perto do lago que ficava ao lado do castelo, com uma bexiga (pequena bola).

Uma tarde porém, ao brincar com a bexiga, a mesma escapou de sua mão e caiu para o lago. Pela força da ação, a bexiga se direcionou para o meio do lago. Ela tentou de várias formas pegar a bola sem êxito. Quando já chorava, escutou uma voz rouca que vinha do lado do lago.

- Se você quiser ajuda, eu posso ajudar...

Ao se virar, ela vê um sapo. Meio estranho, olhos grandes, observando ela. Por um instante ela se achou meio doida... um sapo.... mas ai, ela escuta de novo...

- Eu posso ajudar sim... vou até o meio do lago e pego para você...

- Meu... é você sapo que esta falando comigo mesmo?

- sim. E a única coisa que peço é um beijo. A princesa olha para a bexiga, olha para o sapo, pensa e aceita a proposta. O sapo na mesma hora pula para a lagoa e trás a bolinha de volta a sua dona.

Mas quem pensou que a princesa por ser loira, decidiu beijar o sapo, se enganou. A bichinha pega a bola, levanta e sai, dizendo ter mudado de idéia. O sapo, fica puto da vida e fala para a princesa que dali por diante, ficaria perseguindo-a.

E é o que ele faz. A princesa ao se deitar, fica com uma serenata de coachados, não deixando ela dormir. Ao comer, o sapo pula em sua comida, ela deixa de comer. Passam alguns dias e o pai (rei) da princesa vê que ela não esta bem. Chamando a menina, pergunta o que ocorre e ela conta sua história.

Como pai ele gostaria de tirar o da filha da reta, mas como rei, fala a mesma que ela deve cumprir a promessa. Sendo assim a loirinha se prepara e – smack – da um beijo no sapo... na mesma hora, ele é envolto e fumaça e - PLUFT – vira um lindo príncipe. Todos ficam surpresos e ele conta sua triste história de ter sido amaldiçoado por uma bruxa.

Todos ficam alegres e a princesinha molhadinha. Tendo o rei escutado pelo mesmo que era príncipe de um rico reino, não pensou duas vezes em querer marcar um casamento. Tudo aceito, o casório foi marcado para 3 dias.

O dia amanheceu com seu de brigadeiro, pássaros voavam... a comunidade estava alegre e cantarolavam por todos os cantos. Tudo estava de acordo com o esperado. Os sinos badalam e a cerimônia tem inicio.

O príncipe belo, no altar, espera pela noiva, que chega exuberante em seu vestido. Ao estar no meio da nave da igreja, escutam barulhos de freadas de carro e helicópteros sobrevoando a igreja. Todos vão para fora. Inclusive o casal e pais da noiva.

Dos grandes helicópteros negros, descem homens vestidos de pretos aonde pode ser lido em suas costas em letras brancas garrafais as iniciais “FBI”.

Ao descerem, dão voz de prisão ao príncipe. O rei acha aquilo uma aberração e tenta parlamentar com os federais. Os mesmos explicam que aquele “príncipe”, na verdade não tem realeza alguma e que estava em acordo com uma bruxa do sul, para dar golpe em reinos. O golpe consistia em transformá-lo em sapo. Ele se envolvia com a princesa, casavam. Com isto, juntava o que havia de valores no reino e se mandava.

Ao “engaiolar” o meliante no camburão, o federal ainda falou que aquele rapaz e a bruxa (mulher que parecia do lado do avesso – que estava no camburão do lado), eram amantes de longa data.

Os helicópteros e carros partem, deixando apenas um rastro de fumaça para trás. As pessoas ainda estavam olhando ela se desfazer, quando o rei abraça sua filha, com uma expressão terrível no rosto e diz:

- calma minha filha.... poderia ser pior... você poderia ter se casado com aquele canalha... você ainda se casa... não precisa ficar triste. Um dia acontece. – Fala o pai, solicito com a filha, sabendo que toda a mulher sonha com um casamento e aquele fato, teria destroçado o coração de sua filha. O que ele não sabia é que a princesa havia cedido a certas brincadeiras com o “príncipe”, rolando de tudo a noite toda......

sexta-feira, julho 01, 2005

Mais uma de amor...

Logo ao amanhecer ele liga para um amigo, falando que brigou com a namorada e que estava arrasado...
Pediu opinião dele e o amigo falou para escrever algo bonito, enviar com flores....que as mulheres adoram isto.
Ele ao desligar, logo pegou papel e caneta e iniciou a escrita, pouco tempo depois retorna ao amigo ler o que escreveu e o mesmo dizer se estava bom:

Escuta ai bicho:
Hoje não acordei bem...
Não quis nem me olhar no espelho...
Fiquei triste por ontem,
Eu reclamei, eu sei...
Mas depois
Depois eu te abracei

Você ficou ali, parada
Sem se mexer
Sem me dizer
Chega pra lá...

Pior do que te xingarem,
Em teu corpo baterem
É te ignorarem...
E meu coração esta partido... aflito...
Querendo saber se você vai voltar
E me perdoar
Pelo que não fiz...

Eu não olhei para ninguém...
E fui incriminado injustamente
Eu sofri com tudo isto também
E sou eu que estou passando por indecente...
Mas assumo o que quiser
Se isto te trazer de volta aos meus braços
E minha boca poder sorrir feliz

Não há outra pessoa,
Não quero outra pessoa...
Este é um erro que te afasta
E você tem que acreditar
Para mim, somente você me basta

Te escrevo estas linhas
Estes versos
Pela angustia que sinto
Sua falta é minha morte...
e...
e...
e... puta que pariu Bernard, a vizinha esta trocando de roupa com a janela aberta agora...
IURUUUUUUUUUU....”