quarta-feira, abril 19, 2006

Por que perder meu tempo em linhas, se não há quem as lê?
Por que insisto em continuar, se não vou acrescentar nada aos olhos que por aqui passam?
eu só tenho em minha cabeça o soar que bate.
Bate e rebate
como o martelo que retumba em cada momento
discernimento
incremento
escremento
que de minhas idéias nascem.

Por que perder tempo com o ininteligivel?
por que perder tempo com o paradoxal?
verborragia jogada ao vento
sem que em nenhum momento se mostre a tento o que se quer saber
ver
receber
entender

retumba.
somente retumba
e segue-se sem os louros da gloria
ou de pequena vitória
em duas ou que seja, uma história

bate e rebate
retumba e ressoa
quero tirar minhas idéias
livrar por vassoura, varrer cada canto
jogar no acalanto de um papel em branco
e torno a me perguntar
volvendo a perguntar
por que perder tempo em linhas, que sei que não terão quem as lê?

sexta-feira, abril 07, 2006

Só até aqui

Sempre que você quiser, eu vou estar aqui. Mesmo que seja pra te ouvir dizer que não tem nada pra dizer e ficaremos, então, os dois, em silêncio. Mas se você quiser falar, eu vou escutar.

E se você quiser ouvir, eu vou falar. E na sua tristeza, vou te dar meu colo pra você deitar,
meu abraço pra te acalmar e te fazer um carinho pra você dormir.

Mas se você quiser chorar, eu vou chorar com você. Se você quiser música, eu posso cantar pra você e dançar com você. Sempre que você quiser rir, eu vou rir com você e divertir você.

Quando alguém te colocar pra baixo, vou te levar um espelho. Quando alguém te disser um “não”, eu vou gritar um “sim”.

E nos seus desafios eu vou torcer por você. Nas suas vitórias eu vou vibrar por você. Mesmo que eu esteja longe e você não possa me ver. Mas se em uma derrota você cair, eu vou aí levantar você.

E quando você quiser ir embora eu não vou te impedir. Mas se você quiser, pode ficar. E se você voltar, vai saber onde me encontrar.

Mas se você não me amar, eu não vou amar você. Porque você me tem só até aqui.