segunda-feira, novembro 29, 2004

Matei meu pudor com desejo

Conversei esses dias com um cara que eu já conhecia. Alias nosso “primeiro contato” foi em uma conversa meio sem sentido, desde então, eu sempre o achei um “selvagem”.

Apesar de tudo eu dei papo a este indivíduo, ouvi seus problemas, seus desejos e aflições e fiquei “amiga” dele. Era uma mistura de desejo e curiosidade. Como seria a mente desse homem que guardava tanto desejo por uma boa noite de sexo? Eu ficava imaginando, cada vez que falávamos sobre sexo, o que levaria uma mulher a não dar a um homem como ele o que ele queria. Cada conversa que passava minha curiosidade por ele aumentava.

Já se depararam com um cara bonito demais, seguro demais e safado demais? Lembrei agora do Brad Pitt em “Encontro com a Morte”. Para piorar o homem-desejo tem uma namorada, cara de menino, voz de menino e jeito de homem!

Recapitulando...
Entre as investidas, conversas sobre sexo, demonstrações nítidas e outras nem tanto de desejo de um pelo outro nosso primeiro encontro acabou sendo o mais inesperado possível. Desliga o computador. “Peguei o batom?”. Desce rápido. O elevador não sobeee. Ele sai do carro. Eu saio do prédio. Um abraço. Que homem cheiroso! Ele é uma delícia. Como assim? Dei risada na hora, disfarcei meu interesse e nervosismo (não sabia qual dos dois era mais forte) mas olhei para todos (todos!) os detalhes daquele homem cheiroso parado ali na minha frente que disse pouco (muito pouco) e aumentou ainda mais minha curiosidade. Tentei me despedir rápido. Carona chegou. “Estamos atrasados.” eu disse. Quando ele me puxou e me abraçou de novo. “Divirta-se.”. “Você também.”.

Desde então demonstrações cada vez mais fortes de que o desejo mútuo de meses atrás só aumentou ficaram mais frequentes.

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Sábado. Meia noite.
Diazinho calmo. Mau sinal (ou seria bom?). Dorme a tarde pra passar o tempo. Assiste tv a cabo. Internet! Lá vem ele com suas palavras de mau menino. Dessa vez não está sem camisa. Conversas e olhares para a boca, ele fala da mordida de lábio, marquinha... “tira a camiseta” ela deseja...olhares... Vontade e um encontro marcado. Eles se encontraram em 5 minutos como na primeira vez.

1h da madrugada.
Pessoas interessadas na vida alheia por todos os lados. Eles não dormem? Ele realmente é diferente, não se preocupa com o que vão ou não pensar.

Ela está usando um vestido curto, mas não justo. Desses que saem rápido do corpo.

No carro, um beijo longo e cheio de desejo percorre metade do caminho como ele diz. Eles gostam. Outro beijo. Segura na camisa. Aperta a coxa. Alguém parece lembrar que ainda estão na porta do prédio. Ou o tesão aumentou?

Diálogos desinteressantes, silêncio. Ele fala aquela coisa que ela adora. Numa mistura de sensações interessantes ela se diverte com o incerto. Beijos e carinhos, ela apenas aproveita. O tempo é tortura para quem deseja demais. O encontro...é o cheiro, beijo, toque, desejo, aperto, pegada, abraço, carinho. Tudo que antes parecia bom ficou melhor naquele momento. Beijos, gritos, sorrisos e gemidos. A fantasia fica concreta e tudo é bom demais. Talvez eles desejassem que não fosse. Assim tudo encerraria ali.

5h da madrugada.
Ela olha a hora. Ele diz que eles devem ir embora. Ele leva ela até o chuveiro. Despedida? “Só mais uma” ela pede gemendo e ele não resiste...

6h da manhã.
Ele diz que adorou a noite, que adorou tudo. Ela sorri concordando com ele. Outro beijo.

Banho gostoso. Um “bom dia” carinhoso dele e cama. Ele? Algumas marcas de unha pelo corpo e mais um domingo trabalhando.