sexta-feira, dezembro 17, 2004

O homem bumerangue – Parte II

Algumas horas mais tarde, em casa, já deitada, ela lembrava de seu último encontro com o Beto. Sentiu arrepios. Que se dane a revista e suas teorias piegas. Eu quero esse homem! Seus pensamentos foram interrompidos pelo telefone de casa.

- Alô?
- Oi...
- Oi! Adivinhão! Obrigada, Deus!
- To pensando em você ainda.
- Eu também estava pensando em você.
- Ale, eu quero vê-la. Vem pra cá? Você pode dizer isso mais uma vez? Obrigada, Deus!
- Por que não vem você pra cá?
- To indo. Beijo.
- Beijo. Aiii!Essa até que foi rápida.

O que estou fazendo? E agora? Ah não...ele está vindo pra minha casa e o que é pior, pra minha cama. Sei que não vou conseguir deixa-lo ir embora.

Ale acreditava que levar homens pra sua casa faria com que ela se apaixonasse por eles porque ela não teria controle da situação. Por mais contraditório que isso parecesse todas as vezes que o tema era abordado em conversas com amigos, esse era o argumento dela e ela realmente acreditava nisso e parecia ter funcionado todas as vezes. Por isso era sempre ela que ia a casa deles. Ninguém nunca havia deixado Ale tão insegura quanto Beto a deixara. Ele parecia ver através dela, sabia sempre o que ela estava pensando e a levava para lugares fantásticos quando estavam na cama e fora dela. E se divertiam, conversavam e Deus, ele é perfeito!

A campainha da casa dela tocou.

Ela usava uma camisola fina e curta que nada escondia. Palavras foram desnecessárias e ali, em pé, ele sentiu seu corpo estremecer ao beijá-la. As mãos apalpando-o ela tirou a roupa dele devagar. Enquanto tirava as roupas, ela pensou em como se sentia com outros homens e como era diferente com ele. Como pude resistir a esse homem incrivelmente sexy? Leon estava certo. Estou apaixonada por este homem. Beijava sua boca com vontade e foi descendo pelo corpo dele beijando e acariciando até que as mãos dele envolveram as dela guiando, controlando. Ela o sentiu com sua boca, excitadíssimo.

Ela virou-se e deitou-se na cama e quando ele chegou e abraçou-a ela não teve controle sobre o que aconteceu em seguida. As mãos a percorreram, acariciaram os seios, a barriga, procuraram as pernas escondendo-se entre as coxas. Ele passava os dedos e língua pelo seu corpo, caminhando de leve pela barriga e pernas. Sentindo-a úmida e entregue, quando a teve por baixo de si, tão suave e aflita, os joelhos forçaram suas pernas. Ela arquejou. Eu te quero tanto.

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Ficaram deitados, abraçados, incapazes de dizer qualquer coisa. Você sabe muito bem como tratar uma mulher.