sábado, dezembro 04, 2004

Desejo contido, resultado positivo.

Sexta feira a noite.

Dia da festa na casa do Edu. Ela havia esperado a semana inteira pra ver novamente o melhor amigo do Edu e sabia que ele também esperara por ela. Falaram rapidamente pelo telefone durante a semana. O encontro sexta estava marcado. Não perderia essa festa por nada pois mal podia esperar pra ver aquele homem novamente.

Mulheres reunidas na casa (no quarto) de uma delas. Escova no cabelo, maquiagem, salto alto, disputa entre mulheres, conflito de egos, (não se envolve!). Celular toca.

- Ahhh não entra que eu tô pelada!
- Calma Di, é o celular - Diminui o som - Aloa?

Era ele. Disse que vai. Momentos tensos... ”Essa roupa tá boa?”. Amigas são fundamentais nessa hora. Ela finalmente vai vê-lo de novo.

Na festa, música boa ecoa no ar. A casa do Edu é dessas casas que a gente quase precisa de um mapa pra transitar dentro dela. Mas essa era uma festinha pequena. Só pra “Diretoria” como os meninos gostam de dizer. Devia ter umas 50 pessoas espalhadas pela casa e mais algumas no jardim (impossível calcular).

Mas quem ela queria que estivesse lá não estava. Nem mesmo no jardim. Ela sabia que ele iria, mas que horas? E por que ainda não estava lá? Será mesmo? Ela duvidou, dançou, questionou, riu, gargalhou, dançou e bebeu (muito) e já não pensava mais nele.

Papo furado e alguns martinis mais tarde...briga com a ansiedade, ela vai pegar um café. Pela janela da cozinha ela o vê. Lá está ele com aquele sorriso lindo no rosto e jeito de dono da festa andando pelo jardim e falando com as pessoas. Ela acha que bebeu demais. Ele fala com Edu que aponta pra ela. Só os bêbados acham que não são notados. Ela agora tem certeza que bebeu demais. Corre pro quarto, mas ele chama por ela. “Droga, ele me viu! Não pode me ver assim.”.

Ele entra no quarto... sorriso lindo de novo (“porque ele faz isso comigo?”), até o oi dele é macio. Toque, boca, voz, abraço, cheiro, atração, desejo. Dessa vez ela não finge descaso e se entrega. A proximidade do beijo molhado e quente acelera o coração dos dois. Lábios se tocam. Ela tem a certeza de que o que está sentindo não vem do Martini mas daquelas mãos (perfeitas) desamarrando seu vestido. Tudo que ele fala é gostoso de ouvir. Ela sussurra besteiras no ouvido dele também. O beijo lento fica rápido a medida que as mãos despem os corpos já deitados na cama. Ele vai beijando e acariciando o corpo dela lentamente enquanto ela se contorce de prazer. De uma forma que só os homens como ele conseguem, ele troca de lugar com ela e agora sente o perfume dos longos cabelos negros que ele tanto quisera tocar. Uma onda de calor percorre seu corpo ao sentir o toque da língua dela. Arrepios. Ela gosta cada vez mais. Ele a tem de volta sob seu corpo, puxa-a pelas pernas apertando seu corpo contra o dela. O encaixe perfeito! Eles nunca sentiram algo tão bom. Olhares, corpos úmidos, pernas trêmulas. Ela pede mais. Ninguém se domina e ambos se rendem ao clima que os domina. Por um instante parecem estar sozinhos. Sintonia perfeita. Ela pede mais. Sensação de movimentos lentos e ao mesmo tempo firmes demonstrando entrega ao prazer. Ela pede mais. Respiração ofegante que quase não se escuta. Perda do som. Mãos dadas se apertam. Olham-se novamente com cumplicidade revelando a certeza de que ambos estão no mesmo ritmo. Enfim, o som do prazer, o suspiro profundo que traz o cenário de volta ao normal e o silêncio de êxtase pelo resto da noite. A melhor de todas as noites.