quinta-feira, junho 23, 2005

Meia Noite... tudo pode acontecer

São meia noite.
Esta rua não é muito movimentada durante o dia...
Imagine neste horário.
Somente são escutados os passos delas...
Óh, por que passar diante deste cemitério...
Eu devia ter saído mais cedo!..
O inverno propicia uma nevoa densa
Pareço estar pintada em um quadro de terror...
Por que pensar nisto?
Passos, ouço passos
...
Ao se virar, nada nem ninguém, Estou louca?...
Mas a perturbadora sensação de ser seguida ainda a incomoda...
Eu sinto, esta próximo
Ela tenta caminhar mais rápido
O eco de seus passos se confunde em sua mente
O salto vira
Um momento em que ela para...
Eu sinto ele
Agora já não consegue se virar
Ela sente sua respiração perto de sua nuca
Seu corpo estremece
Parada, sem saber se deve tentar correr, gritar, chorar...
Um toque
Suave como a pétala de uma flor
Sua respiração se altera
Ninguém havia tocado nela desta forma
Deus, não consigo olhar...
As mãos percorrem sua cintura
Sua barriga dança conforme os dedos a acariciam
Por um instante um sorriso se deu em seu rosto...
Mas o medo... quem era?
Quem poderia ser?
O cemitério, a solidão, a névoa...
Meu Deus... um vampiro... eles então existem?
Seus pensamentos já não se concluem mais...
As mãos sob a blusa, procuram rosas... acariciam...
Eu quero gritar... um vampiro... um homem... um o que?
Ou...mmmmm.... como seu toque é bom... pare... não, não pare...
O cemitério, a solidão, a névoa...
Não há quem me escute...
A boca...
Em meu pescoço...
Não me morda... por favor... agora não.... tenho tanto a oferecer...

Ela sente um abraço....
Por instinto ela levanta sua saia.....
O toque em suas coxas...
Suas pernas já não estão seguras...
Sua mente é um turbilhão de entorpecestes...
Os lábios em sua nuca...
Não... não.... morder não....
O leve toque procura o meio de suas pernas...
Ela as abre e deixa que seja sentida sua calcinha, que molhada esta de sua vontade
O cemitério, a solidão, a névoa...
Ninguém vê... ninguém pode me ver...
O corpo a empurra contra a parede, ela só tem tempo de apoiar no muro com suas mãos...
Ele a invade e a faz gemer... suas pernas bambas... seu corpo explodindo...
A mão em sua cintura... outra em seu seio.... a boca em sua nuca.....
Ela mexe a perna para sentir...
Mais fundo... mais intenso...
Ela leva a mão a boca... seu gemido rompe o silêncio...
Suas pernas perdem o chão...
Sua mente sobe aos céus...
Ela ainda fica um tempo com a mão no muro...
Não há mordidas...
Não há medo....
Ela olha para trás e nada vê...
Então se recompõe e ainda trocando os pés... deixa o local...
Seus passos somem ao longe...
A rua volta ao seu estado normal...
O cemitério, a solidão, a névoa...